Overdose de biscoito

molhando-o-biscoitoÉ, amigos. Não está fácil ser o Homem-Promoção. Às vezes rolam umas campanhas simultâneas que vêm me dado problemas. Uma delas é a dos biscoitos Triunfo e Aymoré.

Não sou um homem de biscoitos, mas de vez em quando, compro alguns. E, como está rolando a promoção da Nestlé, é nessa marca que venho investindo quando adquiro uma dessas guloseimas. Mas eis que, de uma hora pra outra, fiquei sabendo das promoções de duas concorrentes. A da Triunfo, vi com “filipeta” no supermercado, com o sertanejo romântico Daniel todo sorridente na foto. A da Aymoré foi difícil. Vi de relance um outdoor falando na promoção, com Claudia Leitte, e fui ao site procurar. Não tinha nada lá na página principal! Só pelo Google é que consegui achar.

As duas marcas fizeram promoções em que eu precisei comprar três biscoitos de cada uma e mandar o código de barras das embalagens. Eu que não sou de comer biscoitos, de repente me vi levando seis embalagens pra casa. Minha mãe desconfiou, claro. Ainda mais com marcas que não são as habituais aqui. Ela até me perguntou por que eu tinha comprado dois Cream Crackers de uma vez e de duas marcas diferentes. Tive que mentir, dizendo que queria fazer umas mudanças na minha vida, a começar pelo tamanho dos Cream Crackers que consumo. Isso porque o da Piraquê é maior que os da Triunfo e da Aymoré, se não me engano. E, devo admitir, não vi diferença na qualidade desses biscoitos em relação às marcas que eu já comprava. Aprovei.

Mas para piorar minha situação, a promoção da Triunfo já estava quase esgotando seu prazo. Tive que consumir os três biscoitos da marca em uma semana. Troquei pão por biscoito no café da manhã, o que considero certo sacrifício. Mas cumpri a missão e mandei a cartinha que em breve será premiada. Também já consumi os da Aymoré e já estou envelopando os códigos de barra. Devo ganhar em breve prêmios como uma casa com carro na garagem (Triunfo) e um certificado de ouro de R$ 85 mil (Aymoré).

É isso, torcedores. Essa é a vida do Homem-Promoção. Enchi a cara de biscoito e fiquei com um pouco de antipatia pelas marcas. Espero que os marketeiros pensem mais nisso e façam como as marcas de preservativos, que não pedem que a gente mande embalagens do produto. Eles sabem que nem sempre conseguimos usar as camisinhas logo, infelizmente, e nos pedem para enviar apenas os códigos por SMS. A verdade é essa. É mais comum comer o biscoito do que molhá-lo.

Rainha das promoções?

dragDefinitivamente, o mundo não está preparado para um Homem-Promoção. Talvez os publicitários achem que apenas donas de casa têm tempo e “coração” para entrar nesses concursos. Não concebem a existência de um ser como eu, um homem com convicção, determinação e uma missão árdua: participar do máximo de promoções possíveis e vencer uma quantidade razoável.

Só isso explica o nome da nova promoção da Sendas: “Você mais poderosa“. Que merda é essa? Quer dizer que quem vai ao ao supermercado, gasta 30 mirréis em compras, ganha um código alfanumérico no cupom fiscal e manda um SMS é sempre uma mulher? Claro que não! Até parece que só fêmeas vão às compras. Eu vejo homens o tempo todo quando vou lá comprar cervejas, pão, petiscos e outros artigos essenciais ao desenvolvimento de seres másculos como eu. Então por que diabos “você mais poderosa”?

Vou falar isso na cara dos organizadores da promoção quando eu vencê-la e meter no bolso os 5 mil reais do prêmio. Pra falar a verdade, eu acho até que vou ser beneficiado com esse título ridículo. Talvez alguns homens nem reparem na promoção, achando que é pra ganhar absorventes íntimos ou algo assim. Isso me deixa competindo apenas com as mulheres. E como a maioria das clientes da Sendas, pelo que vejo quando ando lá, são de mais idade, talvez nem saibam mandar SMS. É… tô vendo que essa eu devo faturar. Já estou concorrendo com três cupons. Torçam por mim, como sempre.

Mais uma caçada

Foto capturada do Flickr de Renata D´Almeida

Foto capturada do Flickr de Renata D´Almeida

Foi só rolar a tal promoção da Nestlé, que narrei no post anterior e logo pintou outra no mesmo estilo de “caçada”. Acabou de ser lançada, com o Fausto Silva como garoto-propaganda, uma promoção da Unilever, na qual eu também poderia aproveitar produtos que já tinha em casa, sem precisar ir às compras pra participar. Foi moleza. Bastou catar umas embalagens de Omo, o sabão em pó sem preconceito, e da maionese Hellmans, aquela do “homem do inferno”.  Como já falei da alegria de procurar em casa por artigos válidos para uma promoção, não vou me repetir aqui.

Então vou falar sobre os prêmios. Sabe o que é interessante? Não tenho ideia de quais sejam os prêmios! Eu tô no automático agora! Tem concurso? Tamos aí. Não interessa nem se o prêmio é apenas um tampa de caneta Bic (se bem que tampas de caneta Bic seriam bem úteis, pois tenho várias esferográficas com tampas perdidas). Essa coisa de ser o Homem-Promoção já anda me preocupando. Eu outro dia me vi revirando o lixo da casa de um amigo, pra ver se tinha embalagens da Nestlé ou da Unilever. Qualquer dia estarei disputando lixo com catadores na rua.

ourogoldOK. Então vou ver no site o que dizem sobre os prêmios. Hummm. Dinheiro! Ou melhor, ouro (que de acordo com Silvio Santos vale mais que dinheiro). Ou melhor, certificados de ouro, que tira toda a graça da coisa. Legal seria ganhar as barras de ouro que aparecem nos anúncios. Aí os promotores do concurso mandariam seguranças acompanharem você até um banco com caixa-forte, na qual você depositaria as barras. Quando quisesse converter o metal em dinheiro vivo, passaria pelo Centro da cidade, deixaria-se abordar pelos entregadores de papeizinhos “compro ouro”, juntaria todos os caras, poria numa van e ia até o banco, onde eles pegariam as barras e deixariam a grana na sua mão. Isso sim é que seria divertido. Papel com certificado de ouro? Nem sei como transformo isso em grana, mas tenho certeza de que não vai ser tão maneiro.

Infância reprimida

nestle

O coelho Quick, da Nestlé, virou meu coelhinho da Páscoa. (reparem, ao fundo, no babaca imitando um beatle da fase Sgt. Pepper´s). Foto encontrada no Flickr do Nestlephotos.

Ser o Homem-Promoção é uma luta. É responsabilidade, perseverança. Mas com essa promoção, tive momentos de alegria. Diria até… lúdicos. É que a Nestlé fez uma promoção na qual você precisa mandar por SMS um código impresso nas embalagens de seus produtos. Ao saber disso, fiquei deveras feliz, pois não precisaria comprar nada! Como Homem-Promoção, venho adquirindo mercadorias que eu não planejava comprar nesta encarnação. Mas dessa vez, foi só pesquisar artigos da Nestlé que eu provavelmente teria em casa. Afinal, trata-se de uma daquelas corporações tão poderosas que dificilmente deixam de entrar na sua casa, tipo editora Abril, Hering, Sony, Ambev, Coca-Cola e Artigos Piratas S. A.

Procurar Nestlé pela cozinha acabou me realizando uma fantasia de criança. Sempre via desenhos americanos nos quais a gurizada saía por aí catando ovinhos escondidos por seus pais, que exploravam suas tolas convicções dizendo que foi o Coelhinho da Páscoa que havia distribuído os ovinhos. Eu sempre quis participar de uma caça a ovos de Páscoa, mas aqui no Brasil o Coelho é um vagabundo preguiçoso, que apenas posa para anúncios de empresas de chocolates e não faz mais nada. Mas ao abrir armários e a geladeira procurando Nestlé, meio que realizei essa minha fantasia.

Chamem-me de babaca e até de maricas. Mas estou sendo sincero com vocês. A cada produto Nestlé que eu encontrava era uma felicidade. Houve também momentos de tristeza, quando vi que meu Nescau e meu Neston eram muito velhos para ter o código da promoção. De qualquer forma, consegui angariar 9 produtos com o código: 3 Mucilon (minha irmã entope meu filho com esse pó), 2 iogurtes, 1 chocolate em pó,  1 leite condensado, 1 creme de leite e 1 leite em pó. É claro que os próximos produtos que eu comprar não serão da concorrência (tirando os biscoitos, mas isso eu explico em outro relato).

Só há um problema. Estou tendo que guardar todas as embalagens, para mostrar depois que eu vencer a promoção. Meti tudo num saco. Virou a reciclagem paralela aqui em casa. Queria que a Nestlé depois recolhesse todas as embalagens guardadas em um posto de coleta e desse um produto qualquer como recompensa. Seria o arremate de ouro para a promoção. Viu aí, departamento de marketing da Nestlé? Podem me procurar para boas idéias. E pra me patrocinar também (com um pequeno incentivo, eu daria link, forneceria o nome da promoção e divulgaria os vencedores que estarão ao meu lado na conquista).

O prêmio? Ah, tô nem aí pro prêmio. Já valeu a pena participar de um concurso em que não precisei comprar nada. Em todo caso, comentarei: kits com ingressos pro Campeonato Brasileiro e uma graninha em um cartão de crédito. O prêmio principal é um certificado de previdência privada. Engraçado que o anúncio fala em dar uma grana mensal “enquanto o calouro da sua casa vira formando”. Besteira. Todo mundo pode participar, mesmo sem pré-universitários em casa. Ah, esses publicitários…

Incentivos

incentivoAndo sem tempo para postar freneticamente aqui no blog. Mas vocês acham que isso significa não estar executando minha missão? Estão enganados. A minha maior tarefa não é vir aqui escrever o que tenho feito e entreter vocês, e sim continuar me inscrevendo nas promoções e deixar para trás a dificuldade financeira na qual me encontro. Em breve porei aqui mais relatos. Minha empreitada continua firme e forte, sendo ainda mais estimulada pelas mensagens que recebo por email ou nos comentários dos posts deste blog. Vejam só:

“Boa Sorte na empreitada! Conte com meu site!”

Sérgio, da promocoesnainternet.com.br

Bom, sei lá se o cara realmente quer que eu me dê bem ou simplesmente quer avisar que é desse site que fala de promoções. Em todo caso, não preciso de sorte, pois as estatísticas estão ao meu lado (sem falar nos concursos de frases criativas, onde quem precisa de alguma sorte na vida são os jurados imbecis). E se a intenção era mesmo anunciar o site, sou benevolente e falo dele aqui no post, pois realmente está sendo útil.

“Sou seu concorrente e vou ganhar de você”

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Reparem na audácia do rapaz. É praticamente um desafio. Chego a ter pena do sujeito, pois só vejo sua derrota no horizonte cada vez mais risonho e límpido para mim. De qualquer forma, admiro sua coragem, pois não é qualquer um que dá a dica de suas preferências sexuais e de sua terra natal na hora de assinar. Parabéns, Léo Boquete de Minas Gerais.

Isso aí, Homem Promoção! Continue neste saga, porque definitivamente é um negócio bacana e rentável… digo isso pois, com o perdão da audácia, peço-lhe a devida vênia para me autointitular a Mulher-Promoção rs… Tendo em vista que em aproximadamente 1 ano e meio neste ‘negócio’ ganhei em torno de R$ 45.000 em prêmios distribuídos por exatas 30 promoções em que fui contemplada. De ingressos de cinema, passando por viagens até um carro, ganhei de tudo e posso te dizer que isso simplesmente vicia! Muito bacana seu blog e vamos que vamos nesta trajetória de promoções! hehe!

Fernanda Ramos

Ah, as mulheres. Mesmo na hora em que querem competir são muito mais doces e amáveis. Fernandinah, meu doce de coco, suas palavras me deixaram estimulado a continuar em minha empreitada. Agradeço a força. Mas devo alertá-la que você não é a primeira moça que aparece aqui mostrando que se deu bem e se candidatando a Mulher-Promoção. Devo repetir meu chiste e dizer que para ser a Mulher-Promoção é preciso desposar o Homem-Promoção. No momento, não estou pensando em um relacionamento estável. Mas esses R$ 45 mil que você ganhou me fizeram balançar. Continue na Promoção Conquiste o Homem-Promoção. Para concorrer, mande foto e uma mensagem romântica ou altamente erótica.

Saudações a todos e continuem torcendo para mim.

Coca-Cola he said

coca

Foto capturada no Flickr do senhor FawllerDantas, que não conheço, aliás

Eu não fico muito confiante em vencer promoções com sorteio, prefiro as que eu preciso fazer uma frase criativa. Sei que meu plano é genial, pois quanto mais eu participar de sorteios, pelas estatísticas, terei mais chances. Mas nesse começo de trabalho do Homem-Promoção, a probabilidade ainda é pequena. No entanto, sinto que posso ganhar alguma coisa com a Coca-Cola, pois parece coisa do destino, uma agradinho de Deus à minha simpática pessoa, uma retribuição do Universo por eu fazer com que ele valha a pena.

Primeiro, uma das minhas inúmeras torcedoras (e a mais útil), a @akemimeka, me avisou pelo Twitter de uma promoção da Coca, na qual você tem que fazer um robô abrir uma tampinha de garrafa com alguns objetos bizarros. Bem bolado. Me lembrou aquele lance de abrir uma garrafa de cerveja de vários jeitos:

Na promoção da Coca, quando você consegue programar o robô a fazer o movimento correto para abrir a garrafa com o objeto, ganha um cupom eletrônico pra concorrer a sorteios de X-Boxes e celulares MotoCubo.  Consegui dois cupons. Se não fosse a música repetitiva e eu ter mais o que fazer, ficaria o dia todo brincando pra ganhar mais chances no sorteio. Depois descobri que se eu fosse um blogueiro famoso, ganharia uma caixa com uma coca e um objeto pra tentar abrir e contar a experiência no blog. Aí eu poria link pro site e tal. Como não ganho nada de ninguém, não dou link nem detalhes sobre as promoções. Bom, mas não foi com essa promoção do site que minha sensação de vitória chegou.

Primeiro, preciso dizer que não compramos Coca lá em casa. Nem Pepsi, nem nenhum outro refrigerante. Fazemos a linha mais natural, com sucos e mate. Mas bebo Coca na rua ou em festas. Bom, o que interessa é que algumas horas depois de brincar no site do robô da Coca, fui pra uma festa e enchi a cara. No dia seguinte, ressaca do cacete. Minha mãe então comprou uma garrafa de 2 litros de Coca, pois segundo ela, não há nada melhor para enjoos. Assim, vi no rótulo que eles também estão com uma promoção pra mandar SMS com um código da tampinha e concorrer a computadores, cursos profissionalizantes (?!) e um ano de Coca grátis. Só me interessa mesmo é o computador, mas caí dentro da promoção, pois foi como um chamado divino. Deus escreve certo por linhas tortas, e eu estava completamente torto quando voltei pra casa e minha mãe pensou em me comprar a Coca.

Acho muito estranho essa coisa de muita gente dizer que uma Coca dissolve um dente que ficar um dia num copo com o refri, ou que a Coca consegue descolar adesivos de pára-brisas de carro, que é tão ácida que desentope ralo etc. Mas as mesmas pessoas usam a Coca para cuidar de ressaca, de enjoo e outras paradas. É, Coca às vezes é receitada como remédio! E o curioso é que a Coca foi criada para ser remédio mesmo. Remédio bom esse, já que no início rolava cocaína na fórmula. Tudo a ver tomar de canudo, então.

lennon

Queria fechar este meu interessantíssimo relato com uma coisa que ouvi num show de stand-up comedy, do José Sapir, se não me engano. Ele disse que ouviu falar que um bife colocado em um copo de Coca desaparecia depois de um dia. Comentário posterior: ” Ótimo! Então vou beber mesmo! Não quero ficar com um bife parado na minha barriga pra sempre!”.

Torpedos

Stork-Torpedo Há alguns dias, entrei numa promoção da Vivo, mandando um SMS para concorrer a um iPhone e um ano de torpedos de graça, como aqui relatado em meu jeito peculiar. Foi moleza participar (e devo vencer, pois só precisei fazer uma frase criativa). Mas depois vi numa revista uma anúncio para um aprofundamento da promoção. Foi quando o Homem-Promoção teve que morrer numa grana mais uma vez. OK, não cheguei a morrer numa grana, já que foi só R$ 2,99. Digamos que desmaiei numa grana (algo abaixo de “fiquei em coma numa grana” e “morri numa grana”). Estou concorrendo a sorteios de prêmios em dinheiro, uma casa e pacotes de torpedo). De qualquer forma, não gostei muito da experiência, pois adquiri um pacote de 20 SMS para usar em um mês e eu simplesmente não tenho o hábito de mandar torpedos.

Sério, eu não entendo por que tem gente que prefere perder tempo digitando textos enormes em vez de fazer uma rápida ligação. Claro que tem vezes que você está em uma reunião e não pode falar, ou tem plano pré-pago e manda aquela mensagem calhorda “estou sem crédito, me liga?”, ou é simplesmente deficiente auditivo, também conhecido como SURDO (é, gritei para ver se a pessoa é surda mesmo ou está fingindo). Aí tudo bem, justifica. Mas eu canso de ver mensagens do tipo “cheguei! você está onde?”. Eu não escrevo de volta. Eu ligo logo, pois esse tipo de diálogo por escrito é muito imbecil. Ficaríamos horas com frases do tipo “tô aqui”, “aqui, onde?”. “Em frente à Blockbuster”. “Mas agora não é Lojas Americanas?”. “Sim, mas essa aqui era uma Blockbuster antes e nem todas as Lojas Americanas já foram Blockbuster. Por isso me referi assim”. “Ah, então você já passou por onde estou”. “Eu volto ou você vem aqui?”. “Depende, você está onde?”. E por aí vai.

Sem contar que não tenho saco de ficar procurando letrinhas no teclado do meu celular que não é Qwert. Eu me sinto uma mula catando letra no telefone, já que no teclado de computadores eu digito com dez dedos e sem precisar olhar para as teclas (é, mais uma qualidade do Homem-Promoção que a humanidade desconhecia). Bom, agora preciso dar um jeito de mandar 20 torpedos em um mês. Vou ter que dar uma de Leo Jaime e mandar “mais torpedos que a Marinha Americana”:

Bom, acho que vou me cadastrar no SMS2Blog e torrar tudo no Twitter.

Pilhado

duracellMeu projeto às vezes requer investimento. E uma das vezes foi esta, em que participei da promoção da Duracell. Pode parecer bobeira, mas para quem está sem grana dói no bolso pagar por essa pilhas em vez de uma marca vagabunda comprada no camelô. “Ah, mas a Duracell dura 8 vezes mais!”. Cara, não duvido disso. A empresa deve se garantir para falar isso e ainda bolar uma promoção em cima dessa afirmação. Mas eu não sou um típico consumidor de coisas boas como as pilhas Duracell, por absoluta falta de grana. Na minha cabeça, Duracell é para quem tem carro e apartamento próprio. Por isso, fiquei meio assim em ter que pagar pela Duracell. E para mostrar que o Homem-Promoção não mente, eis aí na foto principal do post a embalagem provando minha aquisição. Agora concorro a sorteios de 8 home-theaters, 80 Nintendos Wii e 800 MP3 players (reparem que é tudo ligado ao 8, o “infinito de pé”, como diria André Abujamra).

Acho que tinham que sortear também uns 8 coelhinhos daqueles do anúncio da Duracell. Deve ser um dos mascotes mais bem bolados do mundo da propaganda, porque mexe com o inconsciente coletivo do pessoal, já que é extremamente sexual. O quê? Nunca percebeu? Coelho! Acordem! É um coelho, um coelho incansável! O coelho é um dos seres mais fornicadores deste planeta fornicador. Senão o mais fodedor de todos. Deixando de lado a associação entre a rapidez do bichinho e ejaculação precoce, não devemos esquecer que o coelho desperta o respeito dos homens (tanto que é o símbolo da Playboy) e a malícia das mulheres. Prova da segunda parte de minha sábia afirmação é que um dos vibradores mais conhecidos pelas fêmeas liberais e bem resolvidas é um tal de Jack Rabbit.

Tenho para mim que, no início dos trabalhos da agência contratada pela Duracell, os publicitários pensaram logo de cara em um vibrador quando foram discutir que apetrecho deveria ser usado na propaganda. Lembrem-se que esses profissionais se amarram num trocadilho e a primeira parte do nome da marca lembra mesmo a maior qualidade de um falo. A propaganda da DURAcell, se não fosse o conservadorismo da sociedade, seria feita com um vibrador que nunca deixaria a mulher na mão. Com certeza. E digo mais. Um dia, quando a AIDS for vencida e o mundo cair de novo na sacanagem desenfreada, a Duracell vai fazer a transição do coelho para o vibrador justamente com um anúncio protagonizado pelo Jack Rabbit. A cor até ajuda.

Portanto, amigos, ao verem o coelhinho rosa da Duracell, por favor pensem imediatamente na imagem abaixo:

coelhodildo

Caô é uma barra

nutryVocês não sabem o que é para o Homem-Promoção poder participar de uma campanha de um produto que ele sempre compra, independente de prêmios. É uma alegria e uma economia de grana. Fui comprar umas barras de cereias (pego de diversar marcas) e vi que as da Nutry estavam com uma promoção para sortear uma casa, carros, motos e iPods. Na verdade, o prêmio principal é meio merda, porque é uma casa no valor de R$ 50 mil em “zona urbana”. Pra mim, que sou classe média, não seria uma boa. Não consegueria uma boa residência por apenas 50 mil aqui no Rio. Teria que ser um quarto e sala no subúrbio.  Mas não é disso que quero falar. Quero fazer um desabafo sobre a propaganda em uma das caixinhas de barras que comprei da Nutry.

Não é objetivo do Homem-Promoção esculachar os produtos que vão me presentear, mas não dá pra engolir esse textinho sobre a barra de cereais:

E ainda puseram um cara de sovaco depilado!

E ainda puseram um cara de sovaco depilado!

“Viver com gosto é viver intensamente, com energia, com determinação. É celebrar a vida todos os dias, com entusiasmo e alegria. É fazer as escolhas certas e preferir uma vida saudável, extraindo o máximo de prazer de cada momento de forma equilibrada. É aproveitar toda a qualidade e sabor de uma vida mais Nutry.”

Que merda é essa?!!!! O que esse texto diz sobre o produto? Nada! É mó caô! Embromação, papinho de redator publicitário. “Ah, é o conceito da marca, você não entendeu!”. Mermão, não consigo engolir esse papo de conceito. Que palhaçada. Para que essa baboseira toda sobre celebrar a vida com uma barra de cereais quando o produto é bom paca e sua embalagem ainda tem coisas muito mais importantes a serem destacadas? Sim, pois tinha outra caixinha de Nutry, de outro sabor, que trazia informações muito mais relevantes, não sobre o produto em si, mas sobre responsabilidade ambiental:

“Temos o orgulho de ser a 1ª indústria brasileira de alimentos que neutraliza a sua emissão de carbono gerada durante a produção”.

Pô! Tira aquele texto ridículo sobre a “entusiasmo e alegria” de comprar uma barrinha e usa só esse aí da outra caixa! Se estiver sobrando espaço, põe a informação também que a embalagem traz texto em braile! É, tem esse benefício pros cegos, mas publicitário criativinho achou mais interessante um texto sobre o conceito da marca. Ô, raça!

Desculpem. Hoje não vai ter observação sagaz sobre o produto ou o prêmio. Fiquei de mau humor. A sorte desses caras é que me amarro nas barrinhas e comprei logo quatro caixas. Vou participar com mais de um envelope no sorteio, o que me deixa bem próximo do prêmio. Se eu ganhar a casa, vou negociar com a Nutry. Aceito só R$ 40 mil em vez de R$ 50 mil, desde que tirem aquele texto babaca da caixinha.

Não vai rolar

foto de Sergio Rodrigo, capturada no Flickr

foto de Sergio Rodrigo, capturada no Flickr

Tem promoção que eu vejo, constato que não vai dar pra participar e nem cito aqui. Mas tem duas que caíram no meu colo e quase entrei. Gostaria de comentar por que quis ou porque não pude aderir. Ambas têm a ver com roupa e propaganda.

A primeira é do Vanish. É um alvejante. Não usamos esse produto lá em casa. É caro demais e a promoção é baseada em “achou, ganhou”. Ou seja, tenho que comprar o produto e torcer pra ter um prêmio dentro, que nem em A fantástica fábrica de chocolates. Tô fora. Mas por que quero citar a promoção aqui? Por causa do slogan da promoção! Saca só: “Promoção Alvo Premiado”! Entenderam? Tem um trocadilho aí. Alvo/Alvejante. Não é sensacional? Parabéns, publicitário. Pena que eu não seja seu público-alvo.

A outra promoção é da Chili Beans, uma marca de roupas bem transadas e tal. Não é meu tipo de moda, mas sempre gosto de ver as fotos das campanhas deles. E achei interessante a promoção deles. Os caras publicaram um jogo dos 7 erros em uma revista. Fizeram duas fotos com duas peruas conversando, bem parecidas, mas com detalhes alterados no cenário. Legal. Era só descobrir as diferenças nas fotos (não é bem erro, é diferença, ora) e levar a uma loja e pegar um presente exclusivo. Não gostei dessa coisa de segredinho. Tenho que saber o que é antes de dar as caras na loja. E também acho meio escroto eu ir lá, pegar um presente e sair sem comprar nada. Digam o que quiserem do Homem-Promoção, mas ele é um cara ético.

Ah, sim. Tem uma terceira promoção de que quase participei. A distribuidora do filme Juízo final pediu pras pessoas fazerem uma foto na qual apareçam em um momento de fúria. A “foto mais irada” ganha um Playstation 3. Fiquei a fim de entrar porque vi o filme (é bem trash, engraçado) e gostaria de receber esse produto e vendê-lo para reforçar o orçamento aqui de casa. Mas no momento da vitória, todos veriam meu rosto, algo que não quero que aconteça. Meio mico, acho. Para fazer uma palhaçada dessa, preciso de uma motivação maior. Um carro, por exemplo.

Boa sorte pra quem participar. A parte mais difícil já passou: o Homem-Promoção não está participando.

ET, iPhone, house

iphoneMais uma promoção que me chega através de um torcedor, pelo meu Twitter. A @akemimeka me avisou de uma promoção da Vivo, meio desanimada, pois não sabia se meu celular era dessa operados. Pois a moça acertou. Meu celular é da Vivo, claro. Só bastou eu mandar um SMS para concorrer a um iPhone e mais um ano de torpedos, dizendo como um torpedo poderia mudar minha vida. Dessa vez decidi não fazer graça, pois esses júris não entendem muito de humor refinado. Decidi adotar outra tática e mandei uma frase romântica, quase desesperada, que não tem nada a ver comigo ou meu estado emocional. Mas vai tocar em cheio o coração dos jurados.

Agora é só esperar meu iPhone chegar. Pois é, não tenho um iPhone ainda. Faltou grana pra comprar um. E também faltou um pouco de vontade. Eu quase entrei na onda, porque fiquei muito impressionado com aquele lance de passar fotos com o dedo na tela e aquela coisa marota de mudar o aparelho de posição e a foto sair da vertical pra horizontal. Esse mecanismo, aliás, fez com que criassem vários aplicativos espertinhos, tipo esse aí da foto acima. Não é sensacional você baixar uma cerveja pro aparelho e beber? Esse Steve Jobs é do cacete! Ahn? O quê? Você tá me dizendo que não dá pra beber a tal cerveja do iPhone? Ah, é? Pô, então maluco baixa esse aplicativo pra quê? Pra fazer graça? Ele finge que tem cerveja ali e vai virando? Sei… mas tem muita gente pra rir disso?

Sério mesmo. Vou confessar que a idéia é interessante, mas só serve pra ser usada uma vez com cada pessoa. E com o risco de ser bobo demais. Tô dizendo! É como aquela coisa de fingir que está descendo uma escada:

Digo porque uma vez eu fiz isso num escritório em que trabalhei. Despretenciosamente. Todo mundo achou engraçado. Aí imitei também um cara no elevador. Deliraram. Mas na semana seguinte, um cara pediu pra eu fazer pra um colega que não tinha visto. Ele até riu, mas o resto da galera me olhou decepcionada, sem rir, entendo que aquilo não tinha mais graça. Talvez nunca tivesse sido engraçado… Foi tudo como um sonho. E naquele instante eu me tornei um tolo, fazendo humor físico sem retorno da platéia. Me senti mal e nunca mais fiz essa gracinha em minha vida, mesmo para públicos novos. Tenho certeza que o cara que baixar esse parada da cerveja vai passar pela mesma coisa. Vocês conhecem alguém que fica fingindo beber cerveja todo dia no iPhone, tentando arrancar migalhas de sorrisos?

E parece que o iPhone é mesmo o rei da ilusão. Fiquei sabendo de uma experiência que a revista M... fez, com o Teste do Vibracall. O iPhone foi o que se saiu pior como aparelho sendo usado para dar prazer a uma mulher na função vibracall:

Making-of do Teste do Vibracall da revista M… (o WordPress não aceitou o embed do vídeo!)

Mas como não vou usar o iPhone com essa intenção, nem vou ficar baixando besteirinhas nele, vou aceitar o aparelho de bom grado, já que gratuitamente. Vou utilizar meu aparelho para guardar músicas, fotos e alguns vídeos, também talvez para joguinhos. Ah, sim. Devo fazer ligações telefônicas também.

Vou descer, piloto!

renaultVi na TV o anúncio de uma promoção que me interessou. O prêmio é ir à França para dirigir um F1 da Renault. OK, isso não vai mudar minha vida, não vai me dar grana. A não ser que eu pire na hora, saia com o carro do autódromo correndo, me esconda por umas semanas, dê um jeito de embarcar o carro para o Brasil e leve para uma favela do Rio para vender para traficantes. Não sei o que os bandidos vão querer com um carro de F1, mas se os caras têm até espadas douradas no arsenal, um carro veloz deve interessar também. Nem que seja pra jogar contra os helicópteros da polícia que sobrevoam as comunidades nas ações de repressão ao tráfico.

beggarcarO problema é que para participar da promoção eu teria que ir a uma loja da Renault e fazer um test-drive. Simples? Não acho. Eu não tenho cara de pau de chegar lá e pedir pra dar uma volta num carro quando está mais do que evidente que não tenho condições de comprar um. Fico constrangido nesse papel. Acho até que os vendedores vão me tratar mal. “Amigo, o test-drive é para quem tá bem a fim de comprar um Renault, e o cupom pra promoção é só uma cortesia, um brindezinho. Não é um test-drive para ganhar cupom. Entendeu, garoto? Vai procurar uma promoção com test-drive para uma Honda Bizz, OK?”. É, não rola pra mim.

Mas eis que recebo um convite para participar da mesma promoção pela internet! Valeu a pena me cadastrar num monte de site pra ser avisado de concursos. Em vez de pagar mico em uma loja, foi só entrar na página da Renault, me cadastrar e ganhar um cupom virtual pra participar do sorteio. Pois é. Sorteio. Então não é tão certo de eu ganhar. Legal se o Nelsinho Piquet, que foi demitido da Renault, participasse, só de sacanagem, e vencesse o sorteio. Aí ele entraria mais uma vez no carro, tiraria a calça e soltaria um barrão lá no cockpit. Depois sairia do carro arranhando a lataria com uma chave. Se Nelsinho fosse Nelson, faria isso. Aliás, que pena que Nelsinho Piquet não é Nelson Piquet. Ajudaria a vencer as provas também.

piquet

Dell lá pra cá

dellA Dell deve ser uma das empresas que mais investem em promoção. Eu já entrava em concursos pra ganhar esses laptops mesmo antes do dia em que tive a brilhante idéia de me tornar o espetacular Homem-Promoção.

Outro dia, quase entrei numa promoção deles voltada a mulheres, em parceria com a Renner. Eu tinha que dizer que estilo de roupa mais tinha a ver comigo, só que as opções eram todas de moda feminina! Quase apelei e embarquei nessa, afinal eu tinha recebido aviso da promoção por email (devem saber que sou portador de pênis próprio) e no regulamento não falava nada sobre veto a machos na parada. Mas como eu ia vencer, acho que ia pegar mal meu nome ali vinculado a uma promoção de roupinhas de fêmeas. Deixei passar.

KemptwitternestleMas logo a Dell me procurou com mais uma promoção. E dessa vez, veio direto no Homem-Promoção, e não na minha identidade secreta. Fui contactado pelo Twitter. Como eu sigo a Dell lá na ferramenta do passarinho dos 140 toques, o perfil da empresa me mandou uma DM (Direct Message, ou “mensagem direta”, para você, pobre imbecil que não conseguiu traduzir) me falando da promoção “Vadiagem Malemolente”. A Dell vai me fornecer um netbook assim que vir minha resposta criativa para a pergunta “Qual a melhor maneira de praticar vadiagem malemolente com um netbook?”.

Tive vontade de responder com alguma gracinha comentando a inexistência da palavra “malemolente”. Sim, caro torcedores. O vocábulo não existe. O correto é “manemolente“. É, fico até constrangido de corrigir. Ahn? O quê? Você achou a palavra “malemolente” no dicionário? Ah, sim. Dicionário tem esse problema: com o tempo, passa a aceitar tudo que cai no uso das camadas não tão letradas. A língua portuguesa vai deixando tudo entrar, ainda mais depois que o K e o Y voltaram para nosso alfabeto. Com K.Y. entra mais fácil mesmo.

Bom, não tem problema, não. A Dell usou a forma errada para não chocar a galera. Eu talvez fizesse o mesmo se fosse publicitário. Talvez. Pra mim, de qualquer forma, valeu fazer uma promoção com esses ares de despojamento, falando em “vadiagem”. Esperta a campanha. Vou elogiar pessoalmente quando vencer a promoção. Ou mandar o elogio via email, quando puser as mãos em meu netbook. Aliás, eu poderia falar sobre essa história de netbook, com minha visão sobre esses notebooks franzinos e sua dependência em internet (parece a descrição de um nerd, não?). Mas estou meio manemolente…

O mercado me vê e me quer

homempromocaopegadorValeu aí, torcedores! Graças à divulgação que vocês vem fazendo de minha empreitada, o pessoal ligado profissionalmente a promoções já está me procurando ou citando por aí. É um jogo de sedução, percebo.

Acho legal e tal, mas só vou falar aqui das promoções de que eu realmente participar. Para falar de eventos que eu não tenho condições de me inscrever, por falta de grana pra adquirir produtos ou por serem fora do Rio, só rola se for um lance patrocinado. Aí é entrar em contato comigo por e-mail e combinar. Nesse caso, ponho até link pros sites, coisa que geralmente não faço ao falar das promoções de que estou participando.

Então, agradeço a dica de um leitor ligado à promoção “Pé na tábua”, da Sicoob, mas o concurso é em Rondônia. Também tive vontade de entrar na “Promoção Absoluta, pertinho da sua casa”, que me foi informada por e-mail da assessoria de imprensa, até porque foi bem bolada, usando a “musa” internética Stefhany. Mas é da Rede Smart, de São Paulo.

Também quase entrei na promoção do Shopping Terraço, mesmo sendo lá em Brasília. Eu podia me inscrever e viajar até lá para pegar o prêmio, que é um volumoso vale-compras no shopping. Mas eu seria o único participante do Rio e minha identidade secreta estaria em perigo. O maneiro foi que o blog do shopping falou de mim, explicou minha missão, falou deste espaço aqui, deu link pro meu Twitter e cacete. Só faltou falar que sou um cara encantador e que minhas palavras humildes mal conseguem esconder minha genialidade. Lisonjeado, fiquei. Queria mesmo me inscrever e vencer facilmente (basta escrever uma historinha), mas vou ter que deixar algum parente do Sarney levar esse prêmio lá na capital (metade da população de Brasília é parente do cara, pelas minhas contas).

O.K., galera. Lamento se desta vez não trouxe um relato de como vou vencer mais uma promoção, com direito a comentários sobre o prêmio ou o promotor da parada. Mas é bom deixar claro como rola o esquema aqui.

Fiquem com Deus e sonhem comigo.

Em cana

prison_breakResolvi seguir a dica da minha torcedora Ju Sobral, do blog Ai Mi Carajo. Ela me sugeriu que desse um pulo num site de promoções da Globo.com. Lá encontrei muitas ofertas de concursos. Alguns de produtos que estão abaixo do meu padrão de bom gosto. Outros bem interessantes, como foi o caso de uma promoção para ganhar os DVDs das três primeiras temporadas da série Prison Break.

Sim, quando ganhar boxes de DVD posso vendê-los no Mercado Livre. Mas vou arriscar tirar o valor do produto e dar uma conferida na série. Quando esse seriado surgiu, não levei fé que duraria mais de uma temporada. Aí emplacou a segunda, pensei em correr atrás. Não fui adiante e a série deslanchou. Agora fiquei curioso. Como é que essa história foi adiante, com uma premissa tão simples.

Saca a trama: um cara acha que seu irmão vai ser executado por um crime que não cometeu e resolve tatuar no corpo a planta do presídio, cometer um crime e ser mandado pra mesma prisão do sujeito, para juntos fugirem e poderem comprovar que houve uma injustiça no caso. Precisa te tanta temporada assim pra fugir de uma prisão? Neguinho já fugiu de Alcatraz num filme bem mais curto, o Fuga impossível. Sem contar com o clássico Fugindo do inferno, que se passa na Segunda Guerra. Que prisão é essa que o cara leva tanto tempo pra fugir, e ainda contando com um mapa em mãos, ou melhor em mãos, costas, peito, pescoço e sabe-se lá o que mais.

E precisava o cara tatuar o mapa no corpo? Ele tinha o mesmo problema que o cara do filme Amnésia (Memento)? E cara, tem que gostar muito desse irmão pra fazer uma parada assim. Tipo, zoar o corpo inteiro com uma tatuagem feia bagaraí, sujar a ficha policial e ainda ser mandado prum presídio, onde os caras podem tatuar a palavra “Zona de Recreação” em sua bunda? Olha, acho que não faria isso nem se tivesse um sério problema de saúde e precisasse de uma doação de medula desse meu irmão. Sei lá. Essa história toda nem é tão Fuga impossível ou Amnésia… Acho que tá mais praquele outro filme, brasileiro: Do começo ao fim.

De qualquer forma, vou dar um confere nos DVDs quando eu ganhá-los na promoção, na qual só precisei fazer uma frase criativa para concorrer.

Rivalidade

rivaisContinuo recebendo mensagens de incentivo de todo o Brasil e, tenho certeza, até mesmo de líderes mundiais que querem permanecer incógnitos e assinam seus emails usando nomes falsos.  Agradeço a torcida.

Mas também passei a receber emails de concorrentes. O curioso é que mesmo sendo rivais, suas mensagens são cheias de carinho, comoventes, verdadeiras lições de esperança. Vejam algumas delas:

“Oi, amigo!!! Achei sua ideia fantástica!!! E quero lhe avisar que sou sua rival, a mulher-promoção. Estou fazendo faculdade de letras e assim como vc participo de várias promoções. Me identifiquei com vc. Então, boa sorte pra nós dois. bjs, Vanessa”

É, Vanessa. Acredito que você seja mesmo uma rival, mas não a ponto de ter esse título pomposo de “Mulher-Promoção”. Só existe um jeito de se tornar a Mulher-Promoção, mas devo alertá-la que não estou pensando em casar tão cedo. Desculpe se interpretei mal sua manifestação, mas sou muito ciente de meu poder de sedução e conheço os efeitos que provoco no público feminino. Mande foto, por favor. Mas sem compromisso.

Sou um concorrente seu, mas só ganhei até hoje ingressos de cinema/show, kits de beleza, livros e penduricalhos esquisitíssimos. Anyway, boa sorte a nós – e que possamos ganhar carros, casas e viagens.
Homem-Sorteio

Ora, vejam só. Um rival que também usa um nome secreto. Mas percebam a diferença entre nossas convições. Imagino que o Homem-Sorteio deve se valer da sorte. E parece ter sucesso, pois já ganhou alguns prêmios. Sorte. Sim, sorte. Olha, eu não preciso da sorte, pois tenho a estatística e a genialidade ao meu lado. Nos sorteios, vencerei porque participarei de muitos, fazendo minhas chances aumentarem sempre. Matemática, amigo. E nos concursos de frases, conquistarei o êxito pelo talento em criar textos fantásticos. Mérito, caro público. Contra mim estão apenas o tempo e os júris incompetentes.

Gostei do blog, achei interessante o projeto…visto que em 2 anos e meio participando de promoções ganhei cerca de 20000 reais em prêmios…e olha que não sou muito boa nisso. No caso desta promoção do Blu-Ray (…) espero tb ganhar um, mas não sou tão confiante qt vc… acredito que o que vier está bom… entum… BORA!!!PARTICIPAR DE PROMOÇÃO!!!

Michelle

Michelle, ma belle. Devo avisar que você só teve tantos prêmios assim porque eu ainda não estava em cena. Agora as coisas serão diferentes, como você já deve estar sentindo. Em todo caso, simpatizei muito contigo, não só porque seu nome é também o de uma canção dos Beatles. Mas é que sua experiência comprova meu plano genial. Se você, com jeito de amadora e sem meu potencial vencedor, conseguiu ganhar R$ 20mil em prêmios, significa que já posso até ir comprando artigos de luxo antecipadamente, pois é certo que ganherei muitas barras de ouro, prêmios em dinheiro e bens que poderei converter em cash.

Meu Deus, eu ganhei o sorteio da @SEGA! O 5° sorteio que ganho na semana! #chupa @homempromocao hahaha  (@WendellRaphael, no Twitter)

Deselagante. E ingênuo. Caro, Wendel. Tenho certeza que eu não estava participando dessas promoções que você por acaso ganhou. De qualquer forma, gostaria que me avisasse sobre os próximos concursos dos quais irá participar. Terei prazer em mostrar o que é a verdadeira concorrência.

Um abraço a todos.

Massa

petyÉ, essa coisa de promoção devem mesmo funcionar pras marcas. Não é à toa que o pessoal do marketing inventa de sortear carro pra galera. Veja o concurso que vou ganhar da Petybon…

Petybon, Petybon… Vou confessar aqui. Eu nunca tinha ouvido falar de Petybon. Se me perguntassem que marca era essa, eu chutaria que é de margarina. Mas é de massa de macarrão. Soube da promoção pra concorrer a um Tucson (que também devo ganhar em outro concurso), duas viagens para Buenos Aires (espero que a gripe suína já tenha acabado até lá) e “mais centenas de prêmios”. Aí fui atrás de dois produtos da marca, já achando que não ia ter na Sendas. “Deve ser aquelas marcas mais pobrinhas, que só rolam no Mundial, Rainha etc”, pensei. Que nada. Tinha lá. E depois minha mãe disse que Petybon é bem conhecida. Eu que sou ignorante pra macarrão, me parece.

felipe-massa-11Sim, sou ignorante para massa. Só quando fui escolher os dois produtos pra comprar é que soube da variedade de nome de macarrões. Tá certo que eu já fui a restaurantes italianos e percebi que penne e talharim nada mais são que macarrões de formatos diferentes. Aliás, nunca peço macarrão quando vou comer fora. Me acho enganado sendo cobrado por algo que posso fazer em casa com um genérico. Como posso pagar mais de 20 reais num restaurante italiano por um macarrão, seja qual for o formato? Ora, Miojo eu faço em casa e custa menos de 1 real!

Mas o que descobri no supermercado foi outra coisa. Eu não tinha idéia de que existem dois nomes bem estranhos de macarrão: Padre Nosso e  Ave Maria. Vocês sabiam disso? O Homem-Promoção não sabia. E não. Não é um macarrão em formato de criancinha. OK, desculpe pela piadinha com pedofilia clerical. Mas a verdade é que eu achava que a Igreja Católica fosse implicar com um nome de macarrão assim, que o Papa fosse condenar o consumo. Aposto que muçulmano não ia deixar barato se criassem macarrão com nome de Maomé ou Alcorão. Iam tocar o terror.

Bom, não imaginava que ser o Homem-Promoção me traria cultura, além de riquezas e incontáveis tesouros. Mas já que falei da parte material da coisa, fiquem sabendo que já estou no concurso Petybon. Recortei os códigos de barra das embalagens antes de minha mãe abrir o pacote e remendei com fita adesiva. É concurso old school: tem que meter num envelope, responder a uma pergunta imbecil (que pede uma resposta que não pode ser outra que não o nome da marca que está promovendo a parada) e mandar pelo correio. Fazer o quê, né? Tamos aí pro que der e vier. Ou melhor, pra quase tudo. Um dos prêmios de consolação é uma assinatura da revista Caras. Se eu ganhar isso, faço uma promoção aqui pra passar adiante o produto.

Raio azul

poltrona Começo a seguir as dicas dos meus torcedores. O Felipe Kusnitzki me mandou uma menagem pelo meu Twitter avisando sobre uma promoção do site Poltrona, que eu nem conhecia, mas parece ser legal. O concurso é daqueles que mais me fazem injustiça, ou seja, daqueles que pedem a melhor resposta para uma pergunta. A melhor frase pra questão “Qual série você quer ver no LG Blu-Ray BD370 e por quê?” ganha o tal player da pergunta.

NewSupermanSe eu vender o aparelho que certamente vou ganhar, posso levar uma grana, comprar umas coisinhas pra mim e guardar um pouco para investir em novas promoções. Não sei se vou ficar com o tal do Blu-Ray, porque tenho um pé atrás com essas tecnologias muito caras, que nem sempre são as que ficam pra contar história, mesmo sendo as melhores. Tá certo que com ele eu poderia ver também DVD-Rs que queimo com as séries que baixo (Lost, Californication, Flight of the Conchords, True Blood etc), que meu DVD player velho não toca. Mas se eu começar a comprar discos de Blu-Ray e essa parada não pegar, como o Laser Disc? Eu eu acho esse nome meio pretencioso. Raio Azul? Me lebra a fase fracassada do Super-Homem azul, versão remédio pra caspa.

Sério. Todos os grandes aparelhos/tecnologias que surgiram recentemente tiveram a humildade de se chamarem de siglas. Pode conferir: CD, DVD, PC, LCD, MP3, MP4, GPS etc (o “etc” não é aparelho, ok?). Aí vem uma tecnologia metida à besta e se chama “Blu-Ray”! Se acha tão foda que ainda tem a marra de tirar uma letra de “blue”, tentando reinventar o nome da cor! O último que veio com um nome desses foi o Laser Disc (o CD player também tem laser dentro e não tira onda) e deu no que deu.

Bom, em todo caso, o Homem-Promoção aqui já bolou uma frase do cacete e espera ser anunciando como vencedor do Blu-Ray. É, não posso dizer a frase aqui, pra não influenciar na decisão do júri (sei que todos os profissionais envolvidos com promoções e concursos estão me acompanhando agora). E também me liguei que não poderei dizer depois, senão todos vão descobrir minha identidade secreta. Desculpem, mas tenho que me preservar.

Na boca do povo

mascaradoO Homem-Promoção caminha para ser um herói do povo. Já recebi inúmeros apoios no Twitter e agora já pintaram comentários nos posts algumas mensagens no e-mail. Além de mulheres querendo saber minha identidade e se sou tão bonito quanto chamoso e cofiante em minhas qualidades, alguns responsáveis por promoções já fizeram contato para avisar sobre suas ações.

Muita gente também está me dando dicas de promoções que estão rolando por aí. Já vi que vai faltar dinheiro mesmo para comprar tudo que é produto e partipar do maior número possível de concursos. Em breve vou alugar uma caixa postal pra receber a ajuda de vocês, com embalagens e rótulos de alguns desses produtos.

Aviso a todos quando estiver pronto. Agora com licença, vou me inscrever para vencer umas promoções na internet.

E contra esse tipo de gente que concorro?

Cada vez mais tenho certeza de que o projeto Homem-Promoção foi um acerto, pois a concorrência é muito fraca. Não há como eu entrar em certas promoções e perder para gente assim:

Essa molecada concorreu a um prêmio da TAM, que pedia um vídeo criativo falando por que o candidato deveria ir aos EUA, com 9 amigos.

Acabou ganhando esse aqui:

Achou mais criativo? Mesma coisa? É, não muito melhor que o outro. A musiquinha bonitinha ajudou. Mas quem disse que vencia o melhor? Vencia o que tivesse mais pageviews. Isso quer dizer que o próximo concurso nesse estilo já está no papo, pois vou anunciar no meu Twitter e reservar uma vaga no avião comigo para sortear entre seguidores que me derem RT. Tô errado? O Luciano Huck não deve achar.